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A habilidade de comunicação salvou a humanidade

  • Foto do escritor: Gabriel Campodarve
    Gabriel Campodarve
  • 11 de mar.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 13 de mar.



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Você já ouviu falar dos australopithecus? E dos homo habilis, homo erectus e neandertais? Sim, todos nós passamos por essa aula de História durante o primário. Mas aí que lhe faço uma perguntinha um tanto quanto intrigante: por que, dentre todas as espécies humanas, apenas nós, os homo sapiens, habitamos hoje nosso planeta?Olha, gostei desse negócio de perguntinha intrigante. Te lanço então mais uma: por que nós humanos, entre todos os mamíferos, inclusive os macacos, somos dotados de uma inteligência superior?


Começo respondendo de trás para frente, pela segunda indagação. Segundo Yuval Noah Harari, autor do best-seller Sapiens, os humanos têm um cérebro extremamente grande em confrontação com o de outros animais. A título de comparação, mamíferos pesando 60 quilos têm um cérebro com tamanho médio de 200 centímetros cúbicos, enquanto nós possuímos um cérebro entre 1.200 e 1.400 centímetros cúbicos. O fato é que um cérebro grande é extremamente custoso para o corpo: além de ser envolvido por um crânio pesado, apesar de equivaler a 2 ou 3% do nosso peso corporal, consome 25% da energia do corpo quando estamos em repouso. Para você ter uma noção da magnitude deste consumo energético, o cérebro dos nossos “primos” primatas, consome apenas 8% em repouso.Outra diferença interessante entre humanos e demais mamíferos, que influi diretamente em nosso processo evolutivo, é que nós nascemos prematuramente em relação às demais espécies, quando muitos de nossos sistemas vitais ainda estão subdesenvolvidos. “Um potro pode trotar logo após o nascimento; um gatinho deixa a mãe para buscar alimento por conta própria com poucas semanas de vida”, diz Yuval. Essa precocidade no parto se deve a uma questão evolutiva, de seleção natural devida à alta mortalidade durante o parto: “um andar ereto exigia quadris mais estreitos, constrangindo o canal do parto”.Não obstante, esse fato foi determinante para o desenvolvimento das habilidades sociais da humanidade. Uma mãe solitária não podia deixar o filho só para buscar alimento, logo esta precisava de suporte e ajuda constante de familiares e vizinhos para criar seus filhos.

É neste momento que voltamos à primeira pergunta. Cerca de 100.000 anos atrás o mundo era habitado por pelo menos 6 espécies humanas. Então, ao longo do tempo, o que aconteceu com nossos amiguinhos (ou inimiguinhos)?


Uma possibilidade é que os homo sapiens tenham levado às demais espécies à extinção. Além de possuir diferenciais, como a capacidade cognitiva, traços físicos e código genético, a habilidade social o alçou a vantagens evolutivas em relação aos demais. Com tecnologia avançada, maior capacidade de caça e deslocamento em tribos, tornavam-se cada vez mais escassos alimentos para outras espécies. Outra possibilidade, que passa pelas mesmas diferenças trazidas, é que essa busca por recursos para sobrevivência tenha desencadeado violência e genocídio. Afinal, devemos assumir que tolerância não é uma marca registrada nossa, sapiens...Antes que se perguntem se não havia possibilidade de reprodução entre sapiens e neandertais, esclareço que sim. Apesar das dificuldades de comunicação, diferenças genética e de tamanho de cérebro, um estudo da Universidade de Princeton revelou que o DNA de africanos modernos é composto de, aproximadamente, 0,3% de material neandertal. Já o percentual em populações europeias e asiáticas contêm entre 1% e 2% deste DNA.


Ao longo da nossa jornada terrena nos deparamos com alguns líderes que, através de uma habilidade inata de comunicação, tiveram o poder de, em suas respectivas épocas e batalhas, mudar o rumo da humanidade de forma positiva. Entre eles, podemos destacar Aristóteles, considerado o pai da retórica e criador de alguns dos fundamentos atuais da persuasão, Winston Churchill que conseguiu inspirar e mobilizar uma nação inteira durante o período da Segunda Guerra Mundial, Martin Luther King, expoente máximo do movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos que impulsionou mudanças sociais significativas, Nelson Mandela, que se tornou um exemplo de liderança humanitária ao promover resistência contra o apartheid, Mahatma Gandhi que, através de uma filosofia de não-violência e comunicação pacifica, mostrou ao mundo como a palavra pode ser uma arma poderosa para mudanças em detrimento da utilização do uso da força.


Há também nomes por trás de marcas que conseguiram impactar o mundo e gerar comunidades incorruptíveis através de seus discursos, slogans e posicionamento: Steve Jobs conseguiu, através de sua habilidade de apresentar produtos e inspirar tanto colaboradores quanto consumidores mudar a forma como as mensagens corporativas são transmitidas. Dan Wieden, co-fundador da agência Wieden+Kennedy, Dan Wieden criou o “Just Do It” da Nike, um slogan que se tornou um dos mais poderosos e reconhecidos mundialmente. O fundador da Leo Burnett Worldwide, Leo Burnett, foi responsável por criar figuras tão marcantes quanto o Marlboro Man, que ajudaram a transformar marcas em ícones culturais. Seu trabalho mostrou que a emoção pode criar uma conexão duradoura com os consumidores.


Uma vez alinhados sobre a importância da habilidade de comunicação para nossa existência e evolução, te questiono: quantas oportunidade de emprego, ou, quantas relações suas ruíram por você não ter se comunicado ou posicionado de forma estratégica?


 
 
 

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